Friday, August 18, 2006
Press 10 (Lusa/RTP)
Hugo Vieira da Silva considera prémio de Locarno "muito importante"
O realizador português Hugo Vieira da Silva, autor do filme "Body Rice", considerou hoje "muito importante" a menção especial a tribuída pelo Festival Internacional de Locarno por ser um certame "na linha da frente nas novas tendências do cinema".
Em declarações à Agência Lusa, Vieira da Silva congratulou-se ainda por ter recebido um prémio "que há muitos anos não era atribuído a realizadores portugueses".
Esta primeira longa-metragem de Hugo Vieira da Silva tinha sido seleccionada para a competição internacional da secção principal do Festival de Cinema de Locarno, que decorreu naquela cidade suíça até ao passado fim-de-semana.
O júri deste 59º Festival Internacional de Cinema de Locarno decidiu entregar uma menção especial a Vieira da Silva "pela sua estimulante e original ex pressão cinematográfica e a corajosa criatividade".
O jovem cineasta português sublinhou a importância do evento como "um dos festivais mais atentos às novas tendências do cinema contemporâneo" e destacou ainda a composição do júri que atribuiu a menção a "Body Rice":
"Um dos membros do júri era o realizador japonês Nobuhiro Suwa, um cineasta que admiro", o que contribuiu ainda mais para a satisfação do realizador nascido no Porto há 32 anos.
O júri do certame, presidido pela realizadora Ann Hui (Hong Kong), incluía ainda o produtor alemão Peter Rommel, o realizador italiano Antonio Capuano e o fotógrafo e realizador suíço Edo Bertoglio.
"Body Rice", um filme sobre jovens inseridos num projecto de reeducação social, decorre no Alentejo, onde Katrin, uma jovem alemã enfrenta a dureza da paisagem e de uma região socialmente desertificada.
O cineasta, que tem trabalhado sobretudo na área do documentário...(...)"Fiz documentários - observou - para pessoas de quem gostava de estar próximo, mas isso não significa que seja o meu único caminho" no cinema, disse Vieira da Silva, que vive e trabalha entre Lisboa e Berlim.
Em "Body Rice", longa-metragem produzida pela Clap Filmes, os principai s papéis são desempenhados por Sylta Fee Wegmann, Alice Dwyer, Julika Jenkins, A ndré Hennicke, Pedro Hestnes e Luís Guerra.
O realizador salientou ainda que este filme "não tem um ponto de vista sociológico ou documental, e muito menos moral", não existindo quaisquer juízos de valor sobre os projectos de reeducação de jovens problemáticos.
"Gosto muito das personagens em si, e quis apenas estar muito próximo delas. Não quero denunciar nada", sustentou.
O realizador desconhece quando estreará o filme em Portugal(...)...
Agência Lusa
16.08.06
O realizador português Hugo Vieira da Silva, autor do filme "Body Rice", considerou hoje "muito importante" a menção especial a tribuída pelo Festival Internacional de Locarno por ser um certame "na linha da frente nas novas tendências do cinema".
Em declarações à Agência Lusa, Vieira da Silva congratulou-se ainda por ter recebido um prémio "que há muitos anos não era atribuído a realizadores portugueses".
Esta primeira longa-metragem de Hugo Vieira da Silva tinha sido seleccionada para a competição internacional da secção principal do Festival de Cinema de Locarno, que decorreu naquela cidade suíça até ao passado fim-de-semana.
O júri deste 59º Festival Internacional de Cinema de Locarno decidiu entregar uma menção especial a Vieira da Silva "pela sua estimulante e original ex pressão cinematográfica e a corajosa criatividade".
O jovem cineasta português sublinhou a importância do evento como "um dos festivais mais atentos às novas tendências do cinema contemporâneo" e destacou ainda a composição do júri que atribuiu a menção a "Body Rice":
"Um dos membros do júri era o realizador japonês Nobuhiro Suwa, um cineasta que admiro", o que contribuiu ainda mais para a satisfação do realizador nascido no Porto há 32 anos.
O júri do certame, presidido pela realizadora Ann Hui (Hong Kong), incluía ainda o produtor alemão Peter Rommel, o realizador italiano Antonio Capuano e o fotógrafo e realizador suíço Edo Bertoglio.
"Body Rice", um filme sobre jovens inseridos num projecto de reeducação social, decorre no Alentejo, onde Katrin, uma jovem alemã enfrenta a dureza da paisagem e de uma região socialmente desertificada.
O cineasta, que tem trabalhado sobretudo na área do documentário...(...)"Fiz documentários - observou - para pessoas de quem gostava de estar próximo, mas isso não significa que seja o meu único caminho" no cinema, disse Vieira da Silva, que vive e trabalha entre Lisboa e Berlim.
Em "Body Rice", longa-metragem produzida pela Clap Filmes, os principai s papéis são desempenhados por Sylta Fee Wegmann, Alice Dwyer, Julika Jenkins, A ndré Hennicke, Pedro Hestnes e Luís Guerra.
O realizador salientou ainda que este filme "não tem um ponto de vista sociológico ou documental, e muito menos moral", não existindo quaisquer juízos de valor sobre os projectos de reeducação de jovens problemáticos.
"Gosto muito das personagens em si, e quis apenas estar muito próximo delas. Não quero denunciar nada", sustentou.
O realizador desconhece quando estreará o filme em Portugal(...)...
Agência Lusa
16.08.06
Press 8 (Kultur-online.de)
Triste Welt, paradiesische Schweiz und Probleme
(...)Hoffnungslosigkeit verbreitet auch Hugo Vieira da Silva mit »Body Rice«, der in einem deutschen Camp für jugendliche Straftäter in Portugal spielt. Geschichte gibt es im Grunde keine. Endlos lange statische Einstellungen, manchmal unterbrochen von langsamen Parallelfahrten vermitteln die Lethargie, die Ziellosigkeit und Isolation der jungen Katrin und ihrer Kollegen. Wieso sie hier sitzen, wird nie erklärt. Geredet wird kaum. Betreuer und Insassen sitzen oder liegen nur herum, quälen mal einen Fisch, gehen einkaufen oder baden und ab und zu gibt’s Disco mit Techno-Musik. Die ausgedörrte Landschaft, deren Tristesse durch desaturierte Farben verstärkt wird, wird zum Spiegelbild der Psyche. – »Body Rice« ist kein Sozialdrama, sondern die zutiefst pessimistische Beschwörung der Stimmung einer Generation – radikales Kino, das für sein Thema einen adäquaten filmischen Ausdruck sucht und im unerbittlichen Blick und in der Verweigerung abzublenden immer wieder Momente großer innerer Spannung und eine Atmosphäre latenter Aggression aufbaut, mit zwei Stunden Länge aber auch vom Zuschauer viel Geduld verlangt.
Ist bei da Silvas Film der radikale Stilwillen noch Triebfeder des Films, so stellt sich beim Chilenen Oscar Càrdenas die Frage (...)
Walter Gasperi
Kultur-online.de
Germany
15.08.2006
(...)Hoffnungslosigkeit verbreitet auch Hugo Vieira da Silva mit »Body Rice«, der in einem deutschen Camp für jugendliche Straftäter in Portugal spielt. Geschichte gibt es im Grunde keine. Endlos lange statische Einstellungen, manchmal unterbrochen von langsamen Parallelfahrten vermitteln die Lethargie, die Ziellosigkeit und Isolation der jungen Katrin und ihrer Kollegen. Wieso sie hier sitzen, wird nie erklärt. Geredet wird kaum. Betreuer und Insassen sitzen oder liegen nur herum, quälen mal einen Fisch, gehen einkaufen oder baden und ab und zu gibt’s Disco mit Techno-Musik. Die ausgedörrte Landschaft, deren Tristesse durch desaturierte Farben verstärkt wird, wird zum Spiegelbild der Psyche. – »Body Rice« ist kein Sozialdrama, sondern die zutiefst pessimistische Beschwörung der Stimmung einer Generation – radikales Kino, das für sein Thema einen adäquaten filmischen Ausdruck sucht und im unerbittlichen Blick und in der Verweigerung abzublenden immer wieder Momente großer innerer Spannung und eine Atmosphäre latenter Aggression aufbaut, mit zwei Stunden Länge aber auch vom Zuschauer viel Geduld verlangt.
Ist bei da Silvas Film der radikale Stilwillen noch Triebfeder des Films, so stellt sich beim Chilenen Oscar Càrdenas die Frage (...)
Walter Gasperi
Kultur-online.de
Germany
15.08.2006
Press 7 (Ticinonline)
(...) Katrin e Julia, due ragazze ai margini che tentano di seguire un programma di reinserimento nella società tra le aride radure del Portogallo. Katrin, allontanata dalla sua terra (la Germania), cerca di ritrovare se stessa in questo desolato non-luogo. Uno spazio che il giovane regista amplia e restringe a suo piacimento, lasciando i suoi “ragazzi fuori” persi tra l’orizzonte sconfinato e gli angusti abitacoli delle stanze, delle auto, della discoteca improvvisata. Le immagini statiche immergono lo spettatore in uno stato di attesa: poi all’improvviso qualcuno si muove, sempre al limite, spostandosi in quei margini ostentati dallo schermo in cui ogni gesto si dissolve nel buio. Impossibile parlare di stati d’animo per dei corpi (seppur affascinanti) totalmente svuotati di vita che come suggerisce lo stesso regista: «sono ombre di cui non sapremo mai tutto potendo filmare soltanto la pelle ». Resta soltanto la disperazione che ingloba tutto, dal paesaggio senza più acqua al cane tradito dalla sua stessa padroncina, portando con sè i ritmi frenetici e isolanti di una generazione senza speranza. (...)
Daniela Persico
Ticinonline
12.08.06
Daniela Persico
Ticinonline
12.08.06
Press 6 (Sky.it)
(...)Il primo è Body rice del portoghese Hugo Vieira de Silva e racconta la storia di alcuni giovani deliquenti che vengono mandati in Portogallo per un programma di reinserimento sociale. La bellezza desertica dello Stato, rappresentato con colori vividissimi, fa da contrasto al male di vivere e alla piattezza interiore dei personaggi, che si muovono con indifferenza all’interno di questo contesto onirico.(...)
Sky.it
Italy
August 2006
Sky.it
Italy
August 2006
Press 5 (Swiss)
Forse sono tutti temporaneamente in viaggio comme ci (...) e quindi spetta a noi giovani restare a una terra desolata, ormai totalmente deserta, dove la distrazione segna gli unici momenti spensieratezza, ridotta unicamente a perdersi nel caos sonoro dell'universo (il portoghese Body Rice)
Daniela Persico
GiornaledelPoplo
Swiss
12.08.06
Daniela Persico
GiornaledelPoplo
Swiss
12.08.06
Thursday, August 17, 2006
Press 4 (critic.de)
(...)Der portugiesische Regisseur Hugo Vieira da Silva schildert in Body Rice die Orientierungslosigkeit deutscher Jugendlicher, die im Rahmen eines Wiedereingliederungsprogramms nach Portugal geschickt worden sind. Der Erfolg bleibt jedoch aus, und zugedröhnt von Langeweile, Alkohol und Drogen endet der Film für die Protagonisten in der absoluten Passivität. In formal streng komponierten Bildern, welche die Eintönigkeit der Landschaft als auch des Alltags der Jugendlichen prägnant beschreiben, entwickelt Body Rice eine starke Sogwirkung und wurde von einem schweizerischen Kritiker treffend als „schwarzes Loch“ bezeichnet. (...)
Hannes Brühwiler
critic.de
Deutschland
Press 3 (Süddeustche Zeitung)
Siege sind Bitter
Die Lost generation unseres Jahrhunderts- für die kids von BODY RICE von Hugo Vieira da Silva gibt es kein licht in der Dämmerung
(...)Ein licht ist erloschen am ersten wochenende des festivals-samstagnacht war der filmemacher Daniel Schmid gestorben, der in berlin in der freundschaft und zusammenarbeit mit Werner Shroeter und Fassbinder filmisch sich heranbildete(...) ein kinomagier. Nun spielt man zum Abschied, Sonntagnacht den "Kuss der Tosca" der 1984 hier uraufgeführt worden war... Die überlebt haben in ihren Rollen und für die eine unterscheidung von Realität und Fiktion nicht mehr wesentlich ist. Darin gleichen sie den Jugen in Hugo Vieira da Silvas wettbewerbsfilm BODY RICE, produziert von Paolo Branco. Ein Mädchen aus Berlin wird zur resozialisierung in eine Einöde Portugals geschikt, wo sie keine ordnung findet, keine vorstellung von zukunft, nur wellen von Ekstase und Erschöpfung, wilde Zuckungen des Lebens, Momente des Sichverlieren und Sichfindens, zum dröhnenden Klangn der Einstuerzende Neubauten.(...)
Fritz Göttler
Süddeutsche Zeitung
10.08.2006
Germany
Press 2 (Der Bund)
Die stunde der Jury
(...) Zu den kompomisslosesten, quälendsten und zugleich faszinierendsten Filmen zhält BODY RICE von Hugo Vieira da Silva. Der Portugiese hat ausgehend von Schicksal straffälliger deustcher jugendlicher, die nach Portugal in ein wiedereingliederungsprogramm geschikt wurden, einen radikalen No-future-film gedreht. Die gegenpositionen zu diesem schattenhaften werk des stillstands, das sich keine hoffnungen auf eine kinoauswertung machen kann, bildet die schwungwolle kubanische Grossproduktion (...)
Thomas Allenbach
Der Bund
(Zurich)
Kultur
12.08.2006
(...) Zu den kompomisslosesten, quälendsten und zugleich faszinierendsten Filmen zhält BODY RICE von Hugo Vieira da Silva. Der Portugiese hat ausgehend von Schicksal straffälliger deustcher jugendlicher, die nach Portugal in ein wiedereingliederungsprogramm geschikt wurden, einen radikalen No-future-film gedreht. Die gegenpositionen zu diesem schattenhaften werk des stillstands, das sich keine hoffnungen auf eine kinoauswertung machen kann, bildet die schwungwolle kubanische Grossproduktion (...)
Thomas Allenbach
Der Bund
(Zurich)
Kultur
12.08.2006
Press 1
In a Portuguese no man´s land
The eerie and enigmatic Body Rice screens in competition
Since 1980, German institutions have been sending hundreds of troubled teenagers to the south of Portugal to take part in -social re-education- programmes. Body Rice (a world premiere in competition) is set inside one of these programmes, but don´t expect a sociological drama-documentary. As the director explains in an interview with Pardo News, he didn´t make the film with a polemical point of view.
Hugo Vieira da Silva´s first fiction feature film is jarring and enigmatic. There are constant slow, mesmeric pans. Dialogue is kept at a minimum. There are sudden jumps between scenes.
The protagonist is Katrin, a german delinquent adrift in the parched Portuguese countryside. She is listless in the extreme. She´ll sit in the sand smoking or lie in her bed, staring at the ceiling. As if to reflect her apathy, the film has a washed out, desnaturated look. Katrin we learn is from -the project-. It is never made clear why she is here. Nor does she show any sign of emotion. She is trapped in her own private world. When one German staying at the center is found dead, she barely seems to notice. The others at the center are almost equally apathetic, sitting around or dancing to music. Da Silva´s inventive and haunting soundtrack includes music from Joy Division, Einstuerzende Neubauten, X Mal Deutschland and Joey Beltram.
Ask the director what the title stands for and he refuses to provide a gilb explanation.- I think the film is like a puzzle-, he says.- There are pieces. You can mount these pieces in several ways. They all go together somehow. The title is one more piece of this puzzle.-
Da Silva acknowledges that BODY RICE is very different from some of the more conventional narrative dramas included in competition in Locarno. It his heavily influenced by his interest in performance, contemporary dance and poetry.
-My characters are shadows- the director says. I feel very close to them, but Iam very far from this journalistic documentary approach. Some people may see this as a depressing world but I don´t think so. There is always the possibility fo the carachters to express themselves.-
Da Silva strikes a pessimistic note about current state of european cinema. He suggests that it remains - extremely difficult to find financing for non-conventional projects like his own. The movies which are funded are often the most formulaic. -this element of honesty that you should have with with your work I think is lacking in many contemporary films. European film is in a creative crisis from my point of view.
Paulo Branco, one of best-known producers (and former recipent of Locarno´s Raimondo Rezzonico Prize) was ready to take a chance on BODY RICE.- He (Branco) always has an eye for what is going on and it is good that he is able to give someone the opportunity to come.-
Audiences in Locarno may be wrong-footed by the experimental storytelling in BODY RICE. The director urges them to whatch his film without prejudice.
-The only thing interesting is provoking divison-, Da Silva suggests.-It´s the only point when something can happen. You can leave the cinema or love it, but what would be not interesting in doing is giving audiences what they expect. That would mean I was telling the old story that everyone hears all the time. I want to make problems, raise questions and not to give solutions. If not, we would be all saying the same thing-
Geoffrey Macnab
in Pardo News
8th August 2006
The eerie and enigmatic Body Rice screens in competition
Since 1980, German institutions have been sending hundreds of troubled teenagers to the south of Portugal to take part in -social re-education- programmes. Body Rice (a world premiere in competition) is set inside one of these programmes, but don´t expect a sociological drama-documentary. As the director explains in an interview with Pardo News, he didn´t make the film with a polemical point of view.
Hugo Vieira da Silva´s first fiction feature film is jarring and enigmatic. There are constant slow, mesmeric pans. Dialogue is kept at a minimum. There are sudden jumps between scenes.
The protagonist is Katrin, a german delinquent adrift in the parched Portuguese countryside. She is listless in the extreme. She´ll sit in the sand smoking or lie in her bed, staring at the ceiling. As if to reflect her apathy, the film has a washed out, desnaturated look. Katrin we learn is from -the project-. It is never made clear why she is here. Nor does she show any sign of emotion. She is trapped in her own private world. When one German staying at the center is found dead, she barely seems to notice. The others at the center are almost equally apathetic, sitting around or dancing to music. Da Silva´s inventive and haunting soundtrack includes music from Joy Division, Einstuerzende Neubauten, X Mal Deutschland and Joey Beltram.
Ask the director what the title stands for and he refuses to provide a gilb explanation.- I think the film is like a puzzle-, he says.- There are pieces. You can mount these pieces in several ways. They all go together somehow. The title is one more piece of this puzzle.-
Da Silva acknowledges that BODY RICE is very different from some of the more conventional narrative dramas included in competition in Locarno. It his heavily influenced by his interest in performance, contemporary dance and poetry.
-My characters are shadows- the director says. I feel very close to them, but Iam very far from this journalistic documentary approach. Some people may see this as a depressing world but I don´t think so. There is always the possibility fo the carachters to express themselves.-
Da Silva strikes a pessimistic note about current state of european cinema. He suggests that it remains - extremely difficult to find financing for non-conventional projects like his own. The movies which are funded are often the most formulaic. -this element of honesty that you should have with with your work I think is lacking in many contemporary films. European film is in a creative crisis from my point of view.
Paulo Branco, one of best-known producers (and former recipent of Locarno´s Raimondo Rezzonico Prize) was ready to take a chance on BODY RICE.- He (Branco) always has an eye for what is going on and it is good that he is able to give someone the opportunity to come.-
Audiences in Locarno may be wrong-footed by the experimental storytelling in BODY RICE. The director urges them to whatch his film without prejudice.
-The only thing interesting is provoking divison-, Da Silva suggests.-It´s the only point when something can happen. You can leave the cinema or love it, but what would be not interesting in doing is giving audiences what they expect. That would mean I was telling the old story that everyone hears all the time. I want to make problems, raise questions and not to give solutions. If not, we would be all saying the same thing-
Geoffrey Macnab
in Pardo News
8th August 2006
BODY RICE prize in Locarno
receiving the prize given by director Nobuhiro Suwa representing the international jury
August 2006
Body Rice selected for the 59th Locarno film festival 2006 in the oficial competition.
The jury of the international competition awarded the film with the "SPECIAL MENTION OF THE JURY" for the "stimulating and original cinematographic expression and for its creative courage".
Jury of the international competition:
Nobuhiro Suwa (Japan)
Ann Hui (Japan/China)
Barbara Albert (Austria)
Edo Bertoglio (Switzerland)
Emannuelle Devos (France)
Peter Rommel (Germany)
Antonio Capuano (Italy)